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Ser PADRE, PASTOR e AMIGO

I Reis 3, 4-9

Uma coisa é muito interessante. O desafio que é o sacerdócio. Eu vejo muito as pessoas no momento da confissão ou na própria orientação, que as vezes chegam a mim dizendo: “padre, preciso de um conselho, de uma orientação, não sei o que fazer”. A gente escutando pacientemente, sentindo a aflição, eu vejo que a orientação é um dom de Deus. Houve uma situação que uma pessoa me pediu orientação. Depois de um tempo, essa pessoa veio me agradecer. Eu perguntei “mas de que? ”. Ele disse: “Lembra quando o senhor conversou comigo? Aquilo que o senhor me aconselhou, eu fiz e deu certo. Obrigado.” A gente fica as vezes meio atônito. Só o que eu tenho a dizer a Deus: “Obrigado”. Eu me sinto as vezes Salomão nessa palavra. Salomão não quis riquezas. Ele quis o dom de ouvir e de saber julgar com justiça. E nós como sacerdotes, o primeiro dom que nós queremos é de saber ouvir e de saber dar o conselho. Talvez alguém pergunte “E onde fica a celebração da Santa Missa? ”. Eu digo: Isso principalmente. Ali encontramos o nosso reforço. Eu fico as vezes pensativo cada vez que profiro as palavras: “Tomai e comei, isto é Meu corpo. Tomai e bebei, isto é Meu sangue”. Eu penso assim: “Eu sou padre, eu também sou pecador, pois sou humano. E Deus escolheu as minhas mãos ??”. Na teologia, nós ouvimos falar que o sacramento acontece independente da pessoa que está por trás. Ouvimos muito isso. O padre é pecador, mas foi Deus que escolheu. O Cardeal Ratzinger, quando foi eleito Papa (Bento XVI), disse assim: “Eu fico admirado como Deus usa meios insuficientes para Sua graça acontecer. ” Eu acho que nunca vou esquecer isso. As vezes as pessoas pensam que somos como “Super-Homens”. Mas, aqueles que conhecem sabem, o “Super-Homem” (personagem dos quadrinhos e desenho animado, da DC Comics) também tem sua fraqueza, a “criptonita”. E nós padres? Também somos fracos. Temos dificuldades e carências, mas ao mesmo tempo também temos muitas alegrias. Eu digo que a maior dela é estar com cada um, cada uma de vocês. Quando eu trabalhava em Camaquã e Barão do Triunfo-RS, nós fazíamos a “pastoral da estrada de chão”, porque nós percorríamos aproximadamente 1.500 a 2.000 km de estrada de chão por mês, de uma comunidade a outra. Chegávamos em casa muito cansados, mas olhávamos para cima e dizíamos: “Senhor, estamos cansados mas muito feliz, porque em cada lugar que nós fomos, deixamos um pouquinho de Ti”. ORE PELAS VOCAÇÕES. Ore para que Deus toque o coração de todos. Mas não ore para que apenas o filho do vizinho seja padre e o seu não. Não importa que o seu filho seja o seu único. Muitos agem dessa maneira com medo de “não ter netos”, mas os pais que entregam a Deus os seus “filhos únicos”, aí sim é que eles terão muitos netos, pois cada paroquiano desse teu filho padre, de uma forma também será teu neto.

Padre Batista Nunes Vieira
Pároco da Paróquia Santo Hilário – Gravataí-RS
Pregação no Programa Na Presença de Deus em 05/08/2014