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Julho, mês do Preciosíssimo Sangue de Jesus

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Julho, mês do Preciosíssimo Sangue de Jesus

Amados Irmãos! O mês de julho é dedicado pela Igreja ao Preciosíssimo Sangue de Jesus, derramado pelo perdão dos nossos pecados. João Batista dá testemunho: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (cf. Jo 1,29). Jesus carrega o pecado dos homens e se oferece como o Cordeiro de Expiação, símbolo da redenção de Israel: “Como ovelha foi levado ao matadouro; e como cordeiro, mudo ante aquele que o tosquia, assim ele não abre a boca” (cf. At 8,32). No Antigo Testamento, costumava-se sacrificar um cordeiro no Templo, como oblação a Deus. O sangue era aspergido sobre o altar. O Papa Emérito Bento XVI aponta que o tema do sangue, unido ao do Cordeiro pascal, é de primordial importância na Sagrada Escritura. A aspersão com o sangue dos animais sacrificados representava e estabelecia, no Antigo Testamento, a aliança entre Deus e o povo, como se lê no livro do Êxodo: “Então Moisés pegou o sangue e o espalhou sobre o povo, dizendo: ‘Este é o sangue da aliança que Javé faz com vocês através de todas essas cláusulas” (Ex 24, 8). No Novo Testamento, temos o cordeiro perfeito, sem mancha, que interrompe os sacrifícios antigos para uma nova aliança no seu sangue. Fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus. “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,8-9). É este Sangue de Cristo que nos purifica de todo pecado: “Se, porém, andamos na luz como ele mesmo está na luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1Jo 1,7). Os passos da Via Crucis, a Via Sacra de Jesus, apresentam o derramamento de seu sangue gota por gota. Seu Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição) ensanguentam Jesus. Tudo culmina na crucificação. A fonte desta devoção está no lado aberto de Jesus na cruz: “Chegando, porém, a Jesus, como o vissem já morto, não lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água”. (Cf. João 19,33-34). São João Crisóstomo (Séc. IV) diz: “Quereis conhecer o poder do Sangue de Cristo? Repara de onde começou a correr e de que fonte brotou”. O Coração de Jesus é a fonte de onde emana o Preciosíssimo Sangue, a salvação, cura e libertação.  São Cirilo de Jerusalém (Séc. IV) diz: “Deus estende as suas mãos na cruz para abraçar os mais extremos confins do Universo”. Jesus também fala de seu sangue na Última Ceia, se oferendo aos discípulos: “Este é meu sangue da Aliança, que é derramado por muitos para o perdão dos pecados” (Mt 26, 28). Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma. Está escrito no Gênesis que o sangue de Abel, morto pelo irmão Cain, grita da terra para Deus (cf. 4, 10). Deus não esqueceu de nós. O sangue derramado no fratricídio é purificado pelo sangue derramado pela amizade ao extremo. O sangue de Cristo é sinal do amor fiel de Deus pela humanidade.

Padre Lizandro Goularte
Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição – Canoas-RS
Texto publicado no informativo mensal do Programa “Na Presença de Deus” edição de julho de 2015.