A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é muito antiga na Igreja. Trata-se de honrar o Coração Manso e Humilde, traspassado por uma lança na Cruz do Calvário por amor a cada um de nós.
Esta devoção ganha novo alento com as visões de Santa Margarida Maria Alacoque (1647-1690), difundidas por seu diretor espiritual São Cláudio de la Colombière (1641-1682). Ambos viveram numa época difícil, onde a heresia jansenista difundia a concepção de um cristianismo triste, onde poucos se salvavam, além de exigir uma santidade e dignidade extremas, caso se quisesse receber a Eucaristia.
Em certa ocasião, Santa Margarida se encontrava recolhida em profunda oração diante do sacrário, e eis que Jesus com um coração abrasado, se lhe aparece com a seguinte mensagem: “Eis aqui o coração que tanto amou os homens e pelos quais é tão mal correspondido, pelo menos tu, minha filha, choras pelos que me ofendem, gemes pelos que não querem orar, imola-te pelos que renegam e blasfemam conta o meu santo nome. Prometo-te na grandeza do meu amor que abençoarei os lares que neles me hospedem, que os que comungarem durante nove primeiras sextas-feiras seguidas, não morrerão sem receber os sacramentos da Penitência e da Eucaristia”.
Em 1856, o Beato Papa Pio IX (beatificado no dia 3 de setembro de 2000 por São João Paulo II e, lembrado pela proclamação do dogma da Imaculada Conceição no dia 8 de dezembro de 1854) institui liturgicamente na Igreja a festa ao Sagrado Coração de Jesus, propondo, segundo a recomendação de vários santos, a consagração do mundo a este Coração abrasado de amor pela humanidade.
Recordemos as doze promessas do Sagrado Coração de Jesus, fontes desta devoção:
Padre Ivan Lopes
Vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Graça
São Francisco do Sul-SC
Diocese de Joinville-SC